O CAPÍTULO IX – A
ORAÇÃO DE DANIEL.
Este capítulo é caracterizado pelas setenta semanas.
Há pessoas que acham
difícil entender o significado destas setenta semanas, mas é de fácil
compreensão, basta que se tenha interesse em ler o livro de Daniel e aquilo que
já foi estudado.
Vimos que Daniel
estava no governo de Dario, o medo.
Vimos que já tinha passado o governo de Nabucodonosor, representado pela
cabeça de ouro daquela estátua, ele tinha visto a ferocidade de Nabucodonosor. O rei tinha visto uma estátua de grande
esplendor, ele a viu como uma glória, mas o Senhor estava mostrando a Daniel o
governo gentílico deste mundo. É um
governo que também nos interessa, e não somente ao povo judeu, porque hoje nós
sabemos o tipo de governo e onde nos situamos nesta estátua, que simboliza os
governos através dos tempos.
O que estamos
aguardando?
Nós estamos aguardando
aquilo que Nabucodonosor viu no final do seu sonho: Estavas
vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés
de ferro e de barro, e os esmiuçou.
Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o cobre, a prata e o
ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no esteio, e o vento os
levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra que feriu a estátua,
se fez um grande monte, e encheu toda a terra.
( Dn. 2:34 e 35 )
A pedra foi cortada
sem o auxílio de mãos, ou seja, sem a interferência humana. Essa estátua vem-se deteriorando de cima, a
sua estrutura é fraca, embora pensa-se que a estrutura do mundo é forte, todo
aquele peso do ouro, da prata, do cobre e do ferro apoiados numa mistura de
ferro e de barro, é uma estrutura sem sustentação adequada e que vai ser
derribada por esta pedra que se tornará em um grande monte que encherá toda a
terra.
Nós vemos os países da
Comunidade Europeia, eles estão-se juntando para se fortalecerem e estabelecem
regras para se sentirem seguros, alguns já não adotam o passaporte e nem a
alfândega e eles acham isso um avanço maravilhoso.
Numa das vezes que
estivemos em Portugal, vimos que alguns irmãos de lá não mostravam mais o
passaporte. A Comunidade Europeia se
responsabiliza pelo carro e tudo mais. É
uma forma de desenvolvimento, de uma intelectualidade extraordinária, de uma
compreensão mútua, eles podem viver perfeitamente unidos, sem barreiras. Era o começo da globalização. Hoje já se fala em moeda única, mas há alguma
resistência por parte de alguns países.
Nós vemos que a
situação está caminhando para um desenvolvimento muito grande no mundo e isso é
profético porque a Palavra do Senhor diz que eles estão-se fortalecendo e se tornando numa Comunidade
forte, estão-se ajudando mutuamente.
Quem viu Portugal há
quinze anos atrás, se surpreende com o progresso que houve lá, tudo porque hoje
existe uma estrutura financeira para alavancar aquele país.
Mas, apesar de toda
esta liberdade, desta ajuda mútua, desta amizade, a vigilância de um Presidente
do M. C. E. é grande sobre todos os países filiados, porque cada um tem a sua
liberdade, a sua soberania, mas há um controle para que não haja abuse, para
que não haja desfalque de dinheiro em nenhum país, porque se houver a quantia
terá que ser reposta pela Comunidade.
Nós estamos esperando
esta pedra que vai ser lançada sobre os pés da estátua e esmiuçá-la como palha
para ser espalhada pelo vento.
O mundo está-se
juntando, se fortalecendo, se
corrompendo, se contaminando pelo pecado, mas a única coisa que limpa o ser
humano é o sangue de Jesus. O dinheiro,
a riqueza mal adquirida nada valem. O
livro de Provérbios diz que Aquele que
tem um olho mau corre atrás das riquezas, mas não sabe que há de vir sobre ele
a pobreza. ( Pv. 28:22) As pessoas
amontoam riquezas, mas muitas vezes elas são dilapidadas por familiares
incompetentes, inconsequentes, perdulárias, pessoas que não sabem gerir
fortunas. Eram ricas e viviam no pecado,
ficaram pobres e se revoltam com a situação.
Nas últimas semanas
mostradas a Daniel, nós vemos a situação mundial.
Israel.
O Senhor chama Abrão e
diz: De ti farei uma grande nação. Aquela nação, Israel, estava no coração de
Deus. Passaram-se décadas, Israel teve o
seu domínio, o seu reino, a sua glória, o seu esplendor no reinado de Davi,
chegando ao apogeu no reinado de Salomão, que foi o maior rei do mundo. Salomão governava com sabedoria, ele governou
com vara de ferro, foi um governo de paz, calmo, pacífico, todos os governos do
mundo de então traziam impostos e presentes para ele porque Salomão vivia em
paz com os demais povos.
O governo de
Salomão foi um governo belíssimo porque
ele tipificou o governo do Senhor Jesus durante o Milênio aqui na terra. Se o governo de Salomão foi o melhor em toda
a terra, foi o mais maravilhoso, então, por essa tipificação podemos pensar o
quão glorioso será o governo do Senhor Jesus, pois o governo de Salomão é uma
sombra, é um modelo, uma cópia, por isso mesmo ele está aquém da realidade,
daquilo que será o governo de Jesus no Milênio.
Quando o governo
passou de Salomão para os outros reis, ele foi-se deteriorando de maneira tão
acentuada que todo esplendor de Israel acabou.
E quando foi esse momento?
Foi quando
Nabucodonozor, a cabeça de ouro da estátua, invadiu Israel, ele tomou todos os
vasos do templo e o povo e os levou para a Babilônia.
Depois disto, Israel
passa por um período estéril, seco, sem vida até que veio o Senhor Jesus e
começou a levantar a sua Obra aqui na terra, a sua Igreja.
Igreja.
Não vamos pensar na
Igreja-instituição, na Igreja histórica, mas sim na Igreja espiritual, a Igreja
que foi levantada de tal maneira que resistiu às perseguições da “perna de
ferro”, de Nero. Os irmãos iam para as
arenas, cantando, glorificando ao Senhor.
Foi durante este período que Paulo se converteu e sofreu as mesmas perseguições
por causa do evangelho, mas empreendeu quatro viagens missionárias de grande
porte e assim o mundo inteiro foi evangelizado.
No final deste império
de Roma, a Igreja foi perseguida de uma maneira muito cruel. Era a época das igrejas fundadas por Paulo
durante as suas viagens missionárias, a de Éfeso, a de Esmirna, a de Pérgamo, a
de Tiatira, a de Sardes, a de Filadélfia e a de Laodicéia.
Estas sete igrejas
caracterizam etapas, épocas da Igreja do Senhor aqui na terra, como está
definido lá em Apocalipse. Todas estão
mencionadas nas cartas do apóstolo Paulo, conforme vinham sendo fundadas eram
registradas, a partir de Coríntios, mas depois elas são todas reunidas e
colocadas no livro de Apocalipse.
Porquê?
Porque aquelas igrejas
não eram apenas igrejas locais, mas eram também igrejas históricas e
proféticas, elas mostravam a época da Igreja desde o seu nascimento até o
arrebatamento.
O que nós mostramos em
tudo isto é que a Obra e a Bíblia não são ensinos separados, em partes, mas é
um ensino global. A Bíblia toda é um
ensino global que começa com a origem, no Gênesis e termina no Apocalipse, ela
tem que percorrer o ciclo. Em que ponto
deste ciclo nós estamos?
Nós estamos exatamente
nos pés da estátua, já aguardando a volta de Jesus, a Pedra que cairá sobre os
pés da estátua e a esmiuçará, derrubando todo o seu poderio de baixo para cima.
Parece que este
poderio já acabou, mas ele ainda não acabou.
Nós lemos sobre a besta que já não era , mas que vira, é o ressurgimento
deste poderio para fazer uma obra terrível, no entanto, a Palavra diz que o Senhor Jesus, no seu governo,
porá ordem neste mundo.
Aqui está o Senhor
Jesus, que nasceu, e aqui está a Igreja que Ele levantou, a Igreja Fiel, a
Igreja que já passou pelas arenas, que já passou pelas grandes perseguições, a
Igreja que se estabeleceu, não estatisticamente, mas espiritualmente, sob o
governo do Espírito Santo de Deus ( E nos
últimos dias derramarei do meu Espírito ), então ela não é governada por
conclaves, por homens, mas ela é governada pelo Espírito Santo.
A Igreja Fiel é a
Igreja que está dizendo: Vem! Ora vem, Senhor Jesus! e por isto ela tem que estar preparada para a
volta do Senhor Jesus.
A cada dia o Senhor
levanta a sua Obra, mas paralelamente o inimigo levanta movimentos para
destruir a Obra do Senhor, ele luta para colocar as coisas destrutivas, nocivas
dentro da Igreja, ele quer colocar o mundanismo dentro da Igreja e para quê?
Para que nesta última
hora não haja uma Igreja de poder para dizer: Ora vem, Senhor Jesus!
Mas a Igreja Fiel permanece no poder, ela bloqueia tudo isso porque o
Espírito Santo vigia, Ele revela, Ele expurga, Ele purifica e é por isso que a Igreja continua dizendo: Ora vem, Senhor Jesus! E quando a Igreja e o Espírito Santo, unidos,
disserem isto, o Senhor Jesus virá.
Aqui está a Igreja
sendo formada nas épocas já passadas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,
Filadélfia e Laodicéia. Essa última
igreja, Laodicéia, é caracterizada pelos direitos humanos, igreja onde existe
confusão, igreja sem paz, igreja que não está preocupada com a vida espiritual
do homem, mas está preocupada com o material.
Paralelamente, mas no Caminho, está a Igreja Fiel, a Igreja invisível, a
quem a Senhor Jesus conhece e chama de minha
noiva e amada minha.
Os bem-aventurados que
fazem parte desta Igreja têm os nomes escritos no livro da vida e, na hora em
que Jesus voltar, vai reconhecê-los e eles serão arrebatados e receberão um
selo. O selo é o apartamento da
iniqüidade, do pecado.
9:1 - No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da
nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
9:2 - No ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi
pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias,
que haviam de transcorrer sobre as desolações de Jerusalém, era de setenta
anos.
Daniel entendeu e quis
saber do Senhor porquê o povo ainda estava ali, cativo.
9:3 – Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar
com oração e rogos, com jejum, e pano de saco e cinza.
Daniel orava três
vezes ao dia. Ele começou uma oração
maravilhosa onde derrama o seu coração.
Era uma oração profunda, muito dele mesmo, de uma comunhão muito grande
com o Senhor.
9:4 – Orei ao Senhor meu Deus, confessei, e disse: Ó
Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com
os que te amam e guardam os teus mandamentos...
Daniel estava
preocupado em confessar a Deus os seus pecados em primeiro lugar para depois
confessar o pecado de todo povo de Israel.
Esta lindíssima oração
de Daniel vai sendo narrada até ao versículo 19. Ela deve ser lida com muita atenção e
carinho.
Daniel estava com 88
anos de idade e viu os 70 anos se passarem. Ele era adolescente quando foi
levado cativo, junto com seu povo, para a Babilônia, mas já possuía a estrutura
de um servo fiel, por isso é que há necessidade do cuidado com as crianças, com
os intermediários, com os adolescentes para que desde cedo eles já tenham uma
estrutura própria de servo fiel, sem aquela ansiedade pelas coisas do mundo.
9:19 – Ó Senhor, ouve!
Ó Senhor, perdoa! Ó Senhor,
atende-nos e opera sem tardar! Por amor de ti mesmo, ó Deus meu, porque a tua
cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome.
Quando nós conhecemos
esta oração, nós lembramos da palavra do Senhor ao profeta Ezequiel em que
dizia: Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, gravemente se
rebelando, então estenderei a minha mão contra ela... Ainda que estivessem no
meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça,
livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor Jeová. ( Ez. 14:13 e 14 )
Nem se Daniel pedisse,
Deus atenderia, tal era o conceito, o amor que Ele tinha por aquele servo.
9:21 – Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão
Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando
rapidamente...
Naquela hora em que
Daniel estava orando, o Senhor manda o anjo Gabriel, que é o anjo anunciador
das boas novas, até ele. Foi o anjo
Gabriel que anunciou à Maria sobre o nascimento de Jesus. O arcanjo Miguel, entretanto, é o que peleja
pelo povo de Deus.
e tocou-me à hora
do sacrifício da tarde.
Este foi o primeiro
toque.
É interessante esta
hora em que o anjo Gabriel veio para tocar em Daniel, não foi na hora do
sacrifício da manhã, foi na hora do sacrifício da tarde, que é tipo do
sacrifício que aconteceu muito tempo depois, no Calvário, em uma cruz, o
sacrifício único, perfeito e eficaz e, por isso mesmo, o último que seria feito
neste mundo em favor da humanidade, que foi o sacrifício do Senhor Jesus.
9:22 – E me instruiu, e me disse: Daniel, agora vim para fazer-te entender o
sentido.
9:23 – No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu
vim para declará-la a ti, porque és mui amado.
Portanto considera a mensagem e entende a visão:
O anjo Gabriel veio e
estava aguardando para entregar a resposta daquilo que Daniel havia pedido ao
Senhor.
9:24 – Setenta semanas estão determinadas ...
Estas setenta semanas
são, na realidade, 490 anos porque cada semana equivale a 7 anos.
Elas estão ligadas
somente aos judeus, nada têm a ver com a Igreja. Nelas seriam realizadas uma obra intensa.
sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, ...
O povo e a cidade de
Jerusalém veriam muitas coisas neste período.
para fazer cessar a transgressão e dar fim aos pecados...
Dar fim aos pecados
insuflados pelo inimigo e depois ser implantado o governo da Pedra que
esmiuçará os pés da estátua, o governo que cresceria e dominaria o mundo
inteiro. Era o governo do Senhor Jesus e
isso era estranho para Daniel.
e para expiar a iniqüidade, ...
O anjo refere-se à
primeira vinda do Senhor Jesus, quando Ele morreu na cruz.
e trazer a justiça eterna, ...
Jesus trouxe a justiça
eterna. Ele vai governar com vara de
ferro.
Houve justiça eterna
desde que o pecado entrou no mundo, lá no Éden, através do primeiro casal?
Claro que não, porque
a natureza do homem é corrompida, é injusta e ele a vende por qualquer
preço. Mesmo uma criança visa os seus
interesses em primeiro lugar. Se você
perguntar a uma criança se ela quer dar o seu anel de ouro, ela diz que não,
mas se você disser que troca o anel dela por uma bala (ou um brinquedo), ela
aceita na hora, porque naquele momento ela deseja mais a bala (ou o brinquedo)
do que o anel, embora ele seja mais valioso, mas ali ele passa a ter menos
importância do que a bala (ou o brinquedo).
Foi o mesmo que
aconteceu com os irmãos Esaú e Jacó.
Jacó queria a bênção, o direito à primogenitura, e a conseguiu,
facilmente, porque Esaú, o filho mais velho, a trocou por um prato de
lentilhas.
E qual é a barganha
deste mundo?
Ele troca salvação
pela perdição, ele troca a eternidade com o Senhor pela morte. É a total inversão dos valores. A Igreja, no espírito, busca os valores
eternos, mas fora do espírito, ela está acumulando apenas valores terrenos.
e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos
santos.
Tudo será feito
segundo I Co. 3:12 e 13, tudo estará completo, nada mais terá para ser
realizado, a não ser ungir o Santo dos santos, que é o Senhor Jesus. Ele vai ser ungido e coroado em Israel, no
início do Milênio.
9:25 – Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar e para edificar Jerusalém até o Ungido, o Príncipe, sete semanas, ...
Este é o primeiro
período, ele começa quando o rei Artaxerxes concedeu a Neemias ( em resposta à
oração de Daniel ) a permissão para reedificar a cidade de Jerusalém. (Ne. 2)
Foram 49 anos (ou 7
semanas) de muito trabalho, de muita angústia porque o inimigo estava por
perto, eles tinham que trabalhar armados.
Esse foi o tempo que levou para que toda a obra fosse feita.
e sessenta e duas semanas. As praças e as tranqueiras se reedificarão,
mas em tempos angustiosos.
Este é o segundo
período, são 434 anos (62 semanas).
Foi neste período que o Senhor
Jesus nasceu.
9:26 – E depois das sessenta e duas semanas será cortado
o Ungido, e não será mais; ...
O Senhor Jesus morreu,
Ele foi tirado. Israel pediu a
crucificação de Jesus, dizendo: O seu
sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos. ( Mt. 27:25 )
Jesus foi crucificado
e o seu sangue caiu sobre aquele povo, exatamente como eles haviam pedido.
Houve uma grande
dispersão, um período de 400 anos de silêncio até se cumprir a profecia dada a
Ezequiel.
Jesus tinha
profetizado sobre este período. Certa manhã, quando voltava para a cidade
de Jerusalém, Ele teve fome e viu uma figueira perto do caminho, foi até lá e
não encontrou nela nenhum fruto, somente folhas, e então disse-lhe: Nunca mais
nasça fruto de ti. E os discípulos ficaram
maravilhados quando viram que ela tinha secado imediatamente. ( Mt. 21:18 e 19 )
Depois o Senhor Jesus
disse-lhes: Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e
brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo,
às portas. Em verdade vos digo que não
passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. ( Mt. 24:32 a 34 )
Era a confirmação
daquilo que havia sido profetizado por Ezequiel, que disse: E
vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos
trarei para a vossa terra. ( Ez. 36:24)
No dia 13 de Maio de
1948, a figueira brotou. Israel foi
levantado como nação e de todas as nações vieram os judeus para se fixarem na
sua terra.
De que geração o
Senhor Jesus está falando?
É a geração dos
sinais, nós somos esta geração, nós vimos Israel nascer, nós vimos a figueira
brotar, nós temos visto o desenvolvimento daquela nação poderosa, altiva,
guerreira, conferenciando com os países fortes de igual para igual, sem
abandonar o seu ponto de vista, sem deixar arranhar a sua soberania.
A Igreja vê tudo isto
e fica de sobreaviso, aguardando o momento, aguardando o arrebatamento.
Apesar de todo o
progresso, Israel está vivendo sem a profecia.
As sinagogas estão abertas, os rituais são feitos, mas não passa de
religião. Deus tem permitido esta
situação para que a nação judaica permaneça viva e unida.
O judaísmo é uma
religião morta porque é sem sangue, eles negaram o sangue de Jesus, eles o
rejeitaram, mas o Senhor não os rejeitou, apesar de tudo.
Tudo que era para ser
realizado, já foi feito, Jesus veio para dar fim aos pecados, para impor o
juízo. Isso aponta para o Milênio, para
o governo do Senhor Jesus sobre a terra.
O governo do homem é falho porque ele é injusto por natureza, a justiça
do homem é palha.
Toda profecia parte do
conhecido e vai para o desconhecido e é por isso que a Palavra diz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Aos entendidos o Senhor dará mais e mais
luz, que são aqueles que são batizados
com o Espírito Santo porque só o Espírito Santo pode dar entendimento. O entendimento do homem é confuso, mas o
entendimento do Espírito Santo é coordenado pela Palavra, ele é estruturado
nela.
Há uma ordem para
restaurar, para reedificar Jerusalém no tempo de Artaxerxes, o Longânimo.
Não era somente uma
restauração física dos muros caídos, das portas queimadas, mas era também uma
restauração espiritual extraordinária, uma restauração ampla, que mostra a Obra
do Espírito Santo, ela não ficaria obscura, não ficaria debaixo da letra, mas
seria alguma coisa dinâmica que iria causar uma explosão para que o evangelho
fosse pregado aos quatro cantos da terra, num poder maior, para que o Senhor Jesus
venha e arrebata a sua Igreja, e nós estamos vivendo este momento.
E os judeus?
Eles ainda estão
aguardando o Messias, ao passo que a Igreja aguarda a sua volta.
e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e
o santuário. O seu fim será como uma
inundação: Até o fim haverá guerra, e estão determinadas desolações.
Isso já é nos nossos
dias.
O que aconteceu no ano
70, depois da morte e ascensão de Jesus aos céus?
Israel foi
invadido. Não se trata da invasão feita
por Nabucodonozor, aquela aconteceu durante o domínio babilônico, em 587
aC. Esta aqui foi no ano 70 d.C.
Esta invasão foi mesmo
como uma grande inundação, foi uma grande perseguição, Israel foi pisada pelos
gentios.
O Senhor Jesus disse: Jerusalém será pisada pelos gentios até
que os tempos dos gentios se completem.
( Lc. 21:24 )
Quantos anos já
passaram?
Aproximadamente 2000
anos. Durante um período o povo de
Israel manteve-se disperso entre as nações (conforme a profecia de Ezequiel)
até 1948, quando voltou a ser nação.
Desde aquele tempo, a
cada 100 anos, haviam movimentos chamados sionistas,
que quer dizer de volta a Sião, de
volta à pátria, estes movimentos, no entanto, não deram em nada.
Em 1898, na Basiléia,
Suíça, houve uma tentativa para proclamar Israel como Estado, mas
fracassou. Somente 50 anos depois é que
o Israel político nasceu.
O Israel espiritual só
terá vida quando disser: Bendito o que
vem em nome do Senhor. (Mt. 23:39)
e isso só vai acontecer quando Jesus vier pela segunda vez, ou seja,
quando Ele voltar.
Para Israel falta
apenas uma semana para o Senhor completar toda a sua obra profética, que
começou desde o chamado de Abraão por Deus, para levantar uma grande nação.
Nós vemos Abraão na
sua luta, na sua fidelidade e aprendemos que compensa ser fiel, ainda que seja
um único, porque o Senhor, de um só homem, levantou uma poderosa nação.
A maravilha da Palavra
de Deus é que as profecias se cumprem.
A Igreja (videira)
está sendo levantada, mas Israel ignora tudo isto.
Certa vez nós
recebemos uns rapazinhos judeus em nossa casa.
Conversamos muito, falei-lhes sobre Israel, sobre Jesus e eles ficaram
bastante impressionados. Foram embora. Dias depois a mãe deles mandou-me um crucifixo,
um terço e um missal de presente.
Provavelmente eles disseram à mãe que tinham conhecido uma senhora
cristã e ela, querendo agradar, mandou-me aquelas coisas. Quando recebi aquilo, eu disse: Misericórdia!
O que foi que eu fiz?
Isso mostra o quanto
eles estão perdidos, não têm discernimento de nada, não conhecem a Igreja Fiel,
eles não têm o Senhor. Os rabinos, os
ortodoxos, eles estão fazendo os cultos e se preparando para o momento em que
terão o seu templo no lugar dele, para então sacrificar e adorar a Deus através
do sacrifício segundo a Lei. Eles ainda
não se aperceberam de que milhares deles estão morrendo sem que este sacrifício
esteja sendo feito.
Eles estão vivendo de
atos religiosos, de tradição, mas haverá um momento em que eles desejarão
voltar a sacrificar como no passado, no tempo da Lei, mas o Senhor já veio, a
graça já foi derramada e por isso a Palavra está dividida em tempo dos judeus e
tempo dos gentios.
Onde começou esta
divisão?
De Adão até Abraão,
todos eram iguais. Quando Abraão foi
levantado, começou então o tempo dos judeus.
Quando o Senhor Jesus vem, morre, ressuscita e é assunto aos céus,
começa então o tempo dos gentios, o tempo da Igreja.
Quando a Igreja for
arrebatada, o tempo dos gentios estará completo e então o Senhor voltará a dar
atenção a Israel. Somente neste momento
é que Israel será remido, não pelos seus cerimoniais, mas pelo sangue de Jesus,
que foi derramado por todos os homens.
9:27- Ele confirmará uma aliança com muitos por uma
semana, ...
Este é o terceiro
período, ele tem início com o arrebatamento da Igreja.
Jesus virá nas nuvens
e a Igreja Fiel subirá para encontrar-se com Ele, nos ares. O Senhor não descerá aqui na terra. A Bíblia diz que estaremos sempre com o
Senhor, por toda a eternidade.
Durante este período a
Igreja estará perante o tribunal do Senhor, onde haverá o julgamento dos
galardões. E o que vem a ser isto?
Em I Co. 3:12 a 14, lemos: E, se alguém sobre este fundamento
levantar um edifício de ouro, prata,
pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará,
porque o dia a demonstrará. Pelo fogo
será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou sobre ele permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra for de ouro
(feita no poder do Espírito de Deus), o fogo do olhar do Senhor não a
destruirá. Se for de prata (feita na
redenção), também não será destruída. Se
for de pedras preciosas (feita na profecia, nos dons espirituais), ela será
aprovada. Mas quem estiver trabalhando
para receber elogio do homem, para aparecer, estará fazendo uma obra de
madeira, ou de feno ou de palha, e o
fogo do olhar do Senhor quando passar sobre elas, serão queimadas, consumidas e
este homem não receberá o galardão.
Todos nós seremos
julgados neste tribunal do Senhor.
E o que estará
acontecendo aqui na terra?
Enquanto nós
estivermos diante deste tribunal do Senhor, aqui na terra estará acontecendo a grande tribulação.
Este é o último
período referente aos judeus no panorama mundial. É o tempo do fim.
Este príncipe que há
de vir, o anti-cristo, ele fará um concerto com Israel. A Palavra fala de um homem com poderes
malignos para efetuar milagres.
Como será este
homem? Qual será o seu caráter?
Na sua segunda carta
aos tessalonicenses, Paulo descreve o caráter do anti-cristo: Ele
se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, de
sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer
Deus. (II Ts. 2:4)
Em Mt. 24:15, O Senhor Jesus faz um
alerta: Portanto quando virdes que a
abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo
(quem lê, entenda)...
Em Lc. 21:36, Jesus também faz um
alerta aos judeus: Vigiai em todo o
tempo, e orai para que sejais havidos por dignos de escapar de todas estas
coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.
mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oferta de cereais...
Na metade da semana
(3,5 anos depois deste concerto) o anti-cristo vai quebrar o acordo feito com
Israel e vai exigir que os judeus adorem a sua imagem, o 666 da besta que está descrita no Apocalipse.
Os judeus estarão
cheios de amor por este príncipe porque acreditarão que ele é o Messias
prometido aos seus pais. Esta crença surge porque este homem vai engrandecer
Israel, ele vai fortalecer Israel, dará progresso a Israel, fará com que Israel
se torne na primeira nação do mundo, ele vai ajudar a construir o templo no
lugar original, onde está hoje uma mesquita, ele vai se interessar pelos sacrifícios,
enfim, ele inspirará tranqüilidade ao povo de Israel.
Os judeus, entretanto,
não adorarão a imagem da besta, eles recusarão porque adoram somente ao Deus
Altíssimo, ao Deus de Israel.
Por causa desta
recusa, o anti-cristo empreenderá uma implacável perseguição ao povo judeu como
nunca houve sobre a face da terra (Mt. 24:15 a 22). Será tão terrível que, se o Senhor não
abreviasse aqueles dias, Israel seria totalmente destruído, segundo a Palavra
de Deus.
Nesta altura dos
acontecimentos, só poderão comprar e vender, aquelas pessoas que tiverem o
sinal da besta. Os judeus não aceitarão
receber este sinal e por isso passarão por um período de 3,5 anos de
necessidade, de terror, de perseguição, de aflição e verão que foram iludidos,
eles saberão que aquele homem não é o Messias prometido.
e sobre a asa das abominações virá o assolador, até a
destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador.
Nesta época, o
anti-cristo vai profanar o santuário, exatamente como fez Antíoco Epifânio, seu
protótipo, espargindo sangue de porco sobre o altar. Não sabemos como o anti-cristo profanará, mas
é certo que ele fará cessar todo o culto, praticando assolações como nunca.
Nesta ocasião serão
levantados os 144.000 homens de Israel, homens virgens (porque não se
contaminaram com mulheres), homens livres, sem responsabilidade com família,
prontos para evangelizar todo o restante do povo judeu. Evangelizarão e morrerão. Evangelizarão e morrerão. E um dos anciões perguntou a João: Estes
que estão vestidos de branco, quem são eles e de onde vieram?
E ele respondeu: Senhor, tu o sabes.
Então ele lhe disse: Estes são os que vieram da grande
tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro. (Ap. 7:13 e 14)
Eles terão o direito
de entrarem na Cidade Santa.
O anti-cristo dominará
até que tudo seja consumado, então o Senhor Jesus, a Pedra cortada sem mão,
rolará do alto e baterá nos pés da estátua e derrubará todo o império
gentílico.
Esta Pedra se tronará
em um grande monte, ela crescerá e se imporá como um grande governo milenar,
que será o governo do Senhor Jesus.
O Senhor Jesus virá
dos céus com a sua Igreja para governar, para reinar, como Rei dos reis, sobre
a terra. Ele virá e salvará os judeus e
implantará o Milênio.
A Igreja vai reinar
com os judeus.
A Palavra diz que Ele trará a justiça eterna, selará a visão e
a profecia, portanto, não tem mais nada a cumprir nesta terra, a não ser o
governo de mil anos do Senhor Jesus.
Será a unção, a coroação do Senhor Jesus como Rei dos reis e Senhor dos
Senhores.
CAPÍTULO X – A VISÃO DE UM HOMEM.
Depois da visão desta
última semana vai aparecer que é um retorno, mas não é. Agora são as explicações que Daniel vai dando
por causa de uma palavra que lhe foi revelada.
10:1 – No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi
revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar. A palavra era verdadeira, e tratava de uma
guerra prolongada. Ele entendeu a
palavra e teve entendimento da visão.
Beltessazar era o nome
imposto a ele por Nabucodonozor.
Esta palavra trata de
uma guerra prolongada, era uma visão do tempo da grande tribulação.
Ao final dos anos de
Daniel, as visões foram tão profundas para ele que o anjo do Senhor lhe diz: Daniel, sela a visão porque isso é para o
tempo do fim. Eram visões para
os sete anos, a última semana, 3,5 de prosperidade e 3,5 de perseguição atroz.
Ele pedia explicação e
ela era dada pelo Senhor, mas ele não alcançava a profundidade do
discernimento.
10:2 – Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três
semanas completas.
10:3 – Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho
entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três
semanas.
Aqui ele entendeu a
palavra.
10:4 – No vigésimo quarto dia do primeiro mês, eu estava
às margens do grande rio Tigre:
10:5 – Levantei os olhos, olhei, e vi um homem vestido de
linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz.
10:6 – O seu corpo era como berilo, o seu rosto parecia
um relâmpago, os seus olhos eram como tochas de fogo, os seus braços e os seus
pés como o brilho de bronze polido, e a voz das suas palavras como a voz de uma
multidão.
João teve a mesma
experiência. Ele e Daniel viram o Senhor
Jesus glorificado.
A Daniel, o Senhor diz
o seguinte: Fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo. ( Dn.
12:4 )
A João, o Senhor diz o
seguinte: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque próximo está o
tempo. ( Ap. 22:10 )
Se há 2.000 anos,
época em que João escreveu o livro de Apocalipse, os dias do fim já estavam
próximos, muitos mais próximos eles estão agora.
Todos os sinais estão
cumpridos, a realidade em que nós estamos, tudo confirma.
Daniel teve exatamente a mesma visão que João, eles
tiveram a mesma revelação, porque se tratava do mesmo período, que é o tempo do
fim, os nossos dias.
10:7 – Só eu, Daniel, tive aquela visão, os homens que
estavam comigo nada viram, mas caiu sobre eles um grande temor, e fugiram para
se esconder.
Aquela era uma corte
pagã, ímpia. Daniel estava ali,
testemunhando, mas ninguém queria saber disso. Era Nabucodonozor se
idolatrando, era Belsazar profanando os vasos da casa do Senhor, praticando
apostasia e ele, Daniel, não estava vendo mudanças naquela gente, ele não sabia
a finalidade das revelações naquele meio ali.
10:8 – Fiquei, pois, eu só, e tive esta grande visão, e
não restou força em mim; desfigurou-se a feição do meu rosto, e não retive
força alguma.
10:9 – Contudo, ouvi a voz das suas palavras, eu caí com
o rosto em terra, profundamente adormecido.
10:10 – Certa mão me tocou, e fez com que me levantasse,
tremendo, sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.
Exatamente como
aconteceu com João.
Esse foi o segundo
toque.
10:11 – Ele disse: Daniel, homem muito amado, atende às
palavras que te vou dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque te fui
enviado. Ao falar ele comigo esta
palavra, pus-me em pé, tremendo.
10:12 – Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o
primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante
o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras, e eu vim por causa das tuas palavras.
Ele se reporta ao
tempo do início do cativeiro, à adolescência de Daniel, a sua dedicação, o seu
propósito em não se contaminar quando ainda só tinha 17 anos.
10:13 – Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por
vinte e um dias. Então Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da
Pérsia.
Este príncipe foi a
tipologia do anti-cristo porque ele peleja com Miguel, que luta pelo povo de
Israel.
Ele fala de vários
reis. Ele mostra em cada um daqueles reinos, a projeção para os tempos do fim,
por exemplo: o reinado de Alexandre dividido em quatro, mas uma ponta pequena
se levanta. Essa ponta era Antíoco Epifânio,
que se torna o protótipo da besta, do anti-cristo. Essa ponta fazia guerra aos santos e falava
coisas grandiosíssimas.
João viu as mesmas
coisas quando foi arrebatado, na ilha de Patmos. Ele estava, mais ou menos, com a mesma idade
de Daniel. Ele também estava cativo,
prisioneiro, sendo castigado, apesar de velho, mas o poder de Deus também
estava sobre ele. O homem pode infligir
castigos corporais, físicos, mas não pode entrar no espírito, só o Espírito
Santo pode entrar e dar sustentação a quem quer ser fiel até o fim.
10:14 – Agora vim, para fazer-te entender o que há de
acontecer ao teu povo nos derradeiro dias, porque a visão é ainda para muitos
dias.
Não se tratava apenas
da guerra do rei da Pérsia, quando entrou aquela assolação, tratava-se de
profecias posteriores, as quais nós temos o privilégio de conhecer e entender.
Daniel viu a invasão
de Nabucodonozor, ele viu a invasão da Média, depois viu o reino passar para as
mãos dos persas; a seguir ele viu a conquista pela Grécia, portanto o que ele
via era para os dias futuros.
10:15 – Falando ele comigo estas palavras, abaixei o
rosto para a terra, e emudeci.
10:16 – Então uma como semelhança dos filhos dos homens
me tocou os lábios, e abri a boca, e disse àquele que estava diante de mim:
Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não restou força alguma.
10:17 – Como pode o servo deste meu Senhor falar com
aquele meu Senhor? Já não resta força em
mim, e não ficou em mim fôlego.
10:18 – Então um semelhante a um homem me tocou outra
vez, e me fortaleceu.
Este foi o terceiro
toque. Eram momentos derradeiros na vida
de Daniel e aquilo era forte demais para ele entender, mas veio aquele toque
para confortá-lo, para fortalecê-lo.
10:19 – Disse ele: Não temas, homem muito amado, paz seja
contigo; sê forte, e tem bom ânimo.
Falando ele comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu Senhor, porque me fortaleceste.
Nas horas das grandes
tribulações, o toque divino é o único que pode confortar, é o consolo do
Senhor. Daniel estava velho, alquebrado,
mas Deus estava presente, com ele e de uma maneira tão profunda, muito real,
revelando a ele, para o povo, as coisas que haviam de acontecer.
10:20 – E disse ele: Sabes por que eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos
persas e, saindo eu, virá o príncipe da Grécia.
10:21 – Mas eu te declararei o que está escrito na
escritura da verdade; ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não
ser Miguel, vosso príncipe.
Era a anunciação de
Miguel, o pelejador pelo povo de Israel.
Quando nós olhamos
para o último capítulo, nós vemos que nesse
tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que protege os filhos do teu povo,
e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até
àquele tempo. Mas nesse tempo
livrar-se-á teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. ( Dn. 12:1 )
A Igreja Fiel também
tem o seu nome escrito no livro da vida.
O Senhor Jesus disse aos seus discípulos: Mas não vos alegreis porque os espíritos se vos submetem,
alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. ( Lc. 10:20 )
Esta é uma alegria que
tem que ser muito grande em nós, muito profunda, por muitos motivos, e podemos
citar dois deles, extremamente importantes:
1) Porque foi escrito
pelo sangue do Senhor Jesus.
2) Porque é garantia
de que nós passaremos para a eternidade com o Senhor Jesus. Nós não seremos reprovados se os nossos nomes
estiverem escritos no livro da vida.
Quando nós comparecermos
diante do Senhor, o livro será folheado e o nome de cada um de nós será
procurado nele. Se o seu nome não
estiver ali, você será lançado no fogo do inferno, junto com o inimigo e os
seus anjos caídos.
Estive conversando com
um jovem e disse a ele: Eu fui à sua igreja e tive a curiosidade de
perguntar às pessoas sobre você e me disseram que você vai à igreja
esporadicamente. Olha, rapaz, presta
atenção numa coisa. Você é um servo do
Senhor. Há dois tipos de servos, o fiel
e o infiel. Você é o infiel. O fiel tem o seu nome escrito no livro da
vida e quando Jesus o chamar, ele vai ser bem-vindo às bodas do Senhor, ele vai
subir assim como você, porque o servo infiel também subirá, mas por ser infiel,
será atado nos pés e nas mãos e jogado no lago de fogo e de enxofre com o
inimigo e os seus anjos caídos e ali arderá para todo o sempre e passará a
eternidade com o adversário e seus anjos caídos.
Então ele disse: Irmã, por misericórdia.
E eu respondi: A misericórdia é de Deus, só Ele tem misericórdia. Se você se voltar para Deus e reconhecer que
está num caminho de mentira, que tem sido ingrato perante o Senhor, que tem
agido como servo infiel, o Senhor terá misericórdia.
E ele me disse: Tem algum lugar onde eu possa chorar à
vontade?
E por que não
chorar? Chore sim, chore na perda, chore
na alegria, no arrependimento, foi para isso que Deus nos deu as lágrimas e um
coração quebrantado, precisamos chorar na presença do Senhor, Ele é o único que
nos conforta, que nos consola, que nos alegra.
Vimos que este
capítulo não é uma repetição dos outros capítulos, mas é o Senhor firmando,
muito bem, a parte profética dos últimos tempos e isso nos interessa bastante
porque nós não veremos isto acontecer porque não estaremos mais aqui na terra,
já estaremos no regaço do Senhor Jesus.
Para os que vão ficar, será uma boa lembrança porque vão dizer: É mesmo, nós tivemos uma aula sobre isso lá
no Maanaim, isso foi ensinado, eu fui avisado, mas fiquei, não subi com a
Igreja.
Lembro-me de uma
menina que estava evangelizando uma coleguinha da escola. Um dia a coleguinha chegou para a servinha e
disse: Eu tive um sonho e estou
assustada. Eu vi Deus vindo nas nuvens e
muitas pessoas iam subindo para as nuvens.
Eu queria subir, mas estava presa, grudada no chão.
Então a servinha
disse: Olha, vamos hoje à igreja e o
pastor vai dar o discernimento desse sonho.
Eu acho que você precisa aceitar a Jesus porque senão você vai ficar
mesmo.
Elas foram à igreja,
tomou conhecimento da interpretação daquele sonho e aceitou o Senhor Jesus.
Criança também se
perde, criança também vai para o inferno.
A Palavra diz: E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se livros. Abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que
estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. (Ap.20:12)
Estes pequenos a quem
a Palavra se refere são as crianças que não foram salvas, não foram
evangelizadas condignamente, se perderam neste mundo e assim ficarão para
sempre.
O Senhor está preocupadíssimo
com as crianças. Elas não são o futuro
da Igreja, elas já são o presente, nós conhecemos uma igreja bem estruturada
pelo entrar e sair das crianças.
É interessante
observar que um anjo estava falando com Daniel, mas agora era o próprio Senhor
Jesus e Ele dizia ao servo que neste tempo de angústia há um anjo especial para
cuidar do povo de Israel, para anunciar as boas novas e há aquele que peleja
por eles, o arcanjo Miguel.
Vimos que a grande
tribulação será um sofrimento tão grande, que se o Senhor Jesus não vier para
implantar o seu reino messiânico, nenhuma carne se salvará.
O Senhor Jesus reinará
com dois exércitos e duas bandeiras, maanaim, a Igreja e Israel. Ele se assentará no seu trono e será coroado
por mil anos.
A terra continuará
vivendo os seus dias, cada um no seu lugar, será um período de completa paz, os
ímpios estarão sendo governados pelo Rei Jesus, mas não poderão fazer mal algum
contra o Senhor e seus exércitos porque o Senhor reinará com vara de ferro,
destruindo, com um sopro da sua boca, todo e qualquer ímpio.
Será um reino de paz,
de prosperidade, maravilhoso.
Entretanto, melhor do
que este período de mil anos, será quando este mundo for totalmente queimado a
fogo e aqueles que reinaram com o Senhor Jesus, a Igreja Fiel e Israel, subirão
e estarão no novo céu e na nova terra.
O diabo, o
anti-cristo, o falso profeta, a besta e todos aqueles que não aceitaram a
salvação misericordiosa do Senhor Jesus, irão para o inferno.
CAPÍTULO XI – AS
GUERRAS ENTRE OS REIS.
É interessante o que
este capítulo tem a nos mostrar porque ele se deu quando o governo da Pérsia
estava vigendo.
Parece que as visões
são contadas numa outra posição, e nós poderíamos colocar numa ordem
cronológica melhor porque a ordem vinda desta forma, é uma ordem muito didática
porque o livro expõe uma situação ampla, do geral e depois vai chegando ao
particular de uma maneira mais intensa.
Nós vemos, por
exemplo, esta grande visão que é mostrada no capítulo II. Quando Daniel teve a mesma visão, em vez dele
ver um ídolo, ele viu animais. Ele foi
entendendo devagar, e quando chega neste último império, que lhe era totalmente
desconhecido, ele teve muita dificuldade para compreender.
Depois ele teve uma
outra visão, a do carneiro e do bode, que era exatamente a passagem do governo
da Pérsia para a Grécia. O bode (Grécia)
vinha, se impunha e nem tocava no chão, significando que eram conquistas muito
rápidas, assim como as de Alexandre, eram conquistas de pouca durabilidade em
seu favor porque ele morreu com 33 anos.
Daniel fala a este
respeito no capítulo X e depois torna a falar disto neste capítulo XI.
11:1 – No primeiro ano de Dario, o medo, levantei-me para
o animar e fortalecer.
11:2 – Agora eu te declararei a verdade: Ainda três reis
se levantarão na Pérsia, e o quarto rei será cumulado de grandes riquezas, mais
do que todos. E, tendo-se fortalecido
por meio das suas riquezas, agitará a todos contra o reino da Grécia.
Estes três reis foram:
Cambises-Pseudo, Smerdis e Dario. O
quarto rei é Xerxes I.
11:3 – Depois se levantará um rei valente, que reinará
com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.
Este rei é Alexandre.
11:4 – Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado,
e será repartido para os quatro ventos do céu.
Não passará à sua posteridade, nem terá o mesmo poder com que reinou,
porque o seu reino será arrancado, e passará a outros.
São os quatro generais
de Alexandre, são as quatro pontas do bode: Egito, Síria, Caldéia e
Grécia. Isto faz parte da História. Em havendo alguma dúvida, é bom verificar na
Palavra porque ela é que está correta.
Decorar os nomes históricos não é o mais importante, o que nos interessa
é a luz profética que nós queremos alcançar pela misericórdia de Deus, na
Palavra. A repetição deste capítulo tem
certo sentido porque ele entra em detalhes.
11:5 – O rei do Sul se fortalecerá, como também um de
seus príncipes; este se fortalecerá mais do que ele, e reinará, e grande será o
seu domínio.
Este reino do sul é
uma referência ao Egito.
11:6 – Mas ao cabo de alguns anos, eles se aliarão; a
filha do rei do Sul virá ao rei do Norte para fazer um tratado. Ela, porém, não conservará a força de seu
braço, nem ele persistirá, nem o seu braço, porque ela será entregue, e os que
a tiverem trazido, e seu pai, e o que a fortalecia naqueles tempos.
Esta descrição
histórica vai até o versículo 15.
O rei do Sul, o Egito,
se une ao rei do Norte, a Síria, por força de um casamento. Este casamento terá pouca duração. O reino do norte imperou. O reino do sul passa, apesar de ter havido o
casamento.
11:16 – O que, pois,
há de vir contra ele fará segundo a sua vontade, e ninguém poderá
resistir diante dele. Estará na terra
gloriosa, e terá o poder de destruí-la.
Há uma derrota aqui.
11:17 – Firmará o propósito de vir com a força de todo o
seu reino, e fará uma aliança com o rei do Sul.
E lhe dará uma jovem em casamento afim de destruir o reino, mas seus
planos não vingarão, nem serão para sua vantagem.
11:18 – Depois virará o seu rosto para as ilhas, e tomará
muitas, mas um príncipe fará cessar o seu opróbrio contra ele, e ainda fará
recair sobre ele o seu opróbrio.
11:19 – Virará então o seu rosto para as fortalezas da
sua própria terra, mas tropeçará, e cairá, e não será achado.
Eram muitas as guerras
entre eles.
O Senhor mostrava a Daniel para que ele entendesse que
tudo era profético e para que ele entendesse também daquilo que era visível,
daquilo que existia naquela ocasião. O
que era profético era para o fim dos tempos e ele foi avisado disto por muitas
vezes.
11:20 – Em seu lugar se levantará quem fará passar um
exator de tributo pela glória do reino, mas em poucos dias será destruído, e
isto sem ira e sem batalha.
A partir deste
versículo, começa uma descrição de um ser, que é o Antíoco Epifânio, que faz
atrocidades ao povo judeu.
Depois ele começa a
dar descrições maiores que Antíoco não fez, mas que este rei fará. É uma referência do anticristo que viria
para destruir o povo do Senhor, e esta parte já aponta para o período da grande
tribulação. Não é mais Antíoco, agora já
se trata do próprio anticristo.
11:31 – Dele sairão uns braços, que profanarão o
santuário, isto é, a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo
a abominação desoladora.
Esta abominação foi o
sacrifício de um animal imundo no altar do Senhor, no altar santo do Senhor,
maculando a figura do cordeiro, que é tipo do Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo, a oferta perfeita, imolado na cruz.
11:32 – Aos violadores da aliança ele com lisonjas
perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará
proezas.
11:33 – Os entendidos entre o povo ensinarão a muitos,
mas cairão pela espada e pelo fogo, pelo exílio e pelo roubo, por muitos dias.
11:34 – Mas, caindo eles, serão ajudados com pequeno socorro,
e muitos se ajuntarão a eles com lisonjas.
11:35 – Alguns dos entendidos cairão para serem provados,
e purificados, e embranquecidos, até o fim do tempo, porque isso será para o
tempo determinado.
Aqui já é uma
referência àqueles que descobriram que o anti-cristo não é o Messias que eles
estavam esperando. Eles pensavam que
este homem tinha dado paz, notoriedade, poder, portanto só poderia ser ele o
Messias, mas quando ele quebra o concerto, eles verão que foram enganados e se
levantarão e resistirão ao anti-cristo e por causa disto sofrerão terríveis
perseguições.
11:36 – Este rei fará conforme a sua vontade. E se
levantará, e se engrandecerá sobre todo deus, e falará coisas espantosas contra
o Deus dos deuses, e será próspero, até que a ira se complete, porque aquilo
que está determinado será feito.
11:37 – Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem
terá respeito pelo desejado das mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre
tudo se engrandecerá.
11:38 – Mas ao deus das fortalezas honrará em seu lugar,
e a um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata, com
pedras preciosas e com coisas agradáveis.
Aqui a descrição é
idêntica àquela do Apocalipse. É a
figura do anti-cristo revelada a Daniel e a João.
No livro de Apocalipse
está escrito que ele tem uma boca que se
abre para falar blasfêmias contra o Senhor, para falar coisas terríveis
contra Deus, e mesmo assim continua prosperando. Por quê?
Porque o tempo
determinado está chegando, a hora exata é um segredo de Deus, mas vai acontecer
e, naquele momento em que o anti-cristo estiver cometendo todas estas
atrocidades, é o momento exato que a ira do Senhor será completada e a Pedra,
que é o Senhor Jesus, virá e se imporá sobre todas as nações.
11:39 – Agirá contra os castelos fortes com o auxílio de
um deus estranho, e aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará
reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço.
Aqui o anti-cristo vai
mostrar o seu domínio e vai esfacelar Israel, vai dividir aquela terra e
vendê-la para quem quiser comprar, porque ele agora é dono de tudo.
Israel vai lutar
contra todas estas medidas, eles estarão desesperados, morrendo, defendendo até
o fim a sua terra, a sua herança para que ela não seja entregue aos outros.
11:40 – No fim do tempo, o rei do Sul lutará com ele...
11:45 – Então virá ao seu fim, e não haverá quem o
socorra.
Esta parte já é uma
referência a Antíoco Epifânio (186. a.C.).
A Palavra nos diz que
ele entraria no poder sem herança real.
Segundo a História, ele não pertencia à realeza, ele era apenas um
guerreiro que entrou pela força e instituiu uma dinastia que dominou por muito
tempo. Ele aproveitou-se do
enfraquecimento das instituições da época e ficou.
Depois ele foi
perdendo as forças, até que entrou um império mais poderoso que o derrotou
totalmente. A única lembrança que deixou
foram a sua maldade e a sua profanação.
CAPÍTULO XII - OS
TEMPOS DO FIM.
Este capítulo trata da
grande tribulação e do livramento de Israel, exatamente como o capítulo XII de
Apocalipse.
Começa exatamente no
período da grande tribulação, os 3,5 últimos anos.
12:1 – Nesse tempo se levantará Miguel, o grande príncipe
que protege os filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca
houve, desde que houve nação até àquele tempo. Mas nesse tempo livrar-se-á teu
povo, todo aquele que se achar escrito no livro.
Quando nós estamos
vendo Israel florescendo, soberano, em igualdade de condições com as demais
nações fortes e sendo respeitado, nós sabemos que nada deterá aquela nação, nós
sabemos porque o propósito do Senhor está em andamento, já está tudo
cronometrado por Deus e vemos então quão perto estamos do arrebatamento da
Igreja, da vinda do Senhor Jesus.
Israel não é mais uma
nação imatura, agora ela sabe se impor, sabe ser atrevida, ousada, destemida,
não abandona seus princípios, não cede, é soberana.
Isso tudo acontece
porque a mão do Senhor está sobre eles, o Senhor é Fiel e a sua palavra é uma
só.
A nossa expectativa é
ver a figueira transformar-se em oliveira, é ver Israel existindo também
espiritualmente, aquele Israel que será batizado com o Espírito Santo e estará
pronto para coroar o seu Rei, o Rei Jesus, a Raiz de Davi.
12:2 – Muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão,
uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e o desprezo eterno.
Essa ressurreição é
referente aos que irão comparecer ao juízo das nações.
Este julgamento está
bem esclarecido em Mt. 25:31 a 46 e mencionado em Jo. 5:28 e 29.
É um julgamento no
Milênio, aqui na terra. A Igreja já
estará julgada, uma vez que o Milênio ocorrerá depois da grande tribulação,
depois das bodas do Senhor Jesus e a Igreja.
Neste tribunal serão
julgadas as nações naquilo em que cada uma delas tratou de Israel, se
libertando ou se oprimindo o povo de Deus.
12:3 – Os que forem sábios resplandecerão como o fulgor
do firmamento, e os que a muitos ensinam a justiça, refulgirão como as
estrelas, sempre e eternamente.
São os servos que
pregarão a Palavra durante aquele tempo de aflição e angústia.
12:4 – Mas tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este
livro, até o fim do tempo. Muitos
correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.
Aqui o Senhor mostra
uma característica deste tempo do fim.
Estes dois sinais antecedem a vinda do Senhor Jesus: a velocidade e o desenvolvimento da
ciência, contra ou a favor do homem.
Daniel não podia ver
isto. Ele não entenderia, por exemplo, a
bomba atômica, mas Pedro viu, por revelação do Senhor, e escreveu sobre ela.
12:5 – Então eu, Daniel, olhei e vi dois outros, um deste
lado, à beira do rio, e o outro do outro lado, à beira do rio.
Miguel estava ali
também.
12:6 – Um deles disse ao homem vestido de linho que
estava sobre as águas do rio: Quanto
tempo haverá até o fim destas maravilhas?
12:7 – Ouvi o homem vestido de linho que estava sobre as
águas do rio, quando levantou a mão direita e a mão esquerda ao céu, e jurou
por aquele que vive eternamente que depois de um tempo, de tempos e metade de
um tempo. E quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas
estas coisas serão cumpridas,
É um voto do
Senhor. Lembra-nos aquele voto que Deus
fez a Abraão.
O que significa: Um
tempo, de tempos e metade de um tempo?
São 3,5 anos, é a
metade do período da grande tribulação.
A Igreja vai ver isto?
Não, porque ela já
terá sido arrebatada, já estará como Senhor, ela estará sendo julgada, conforme
lemos em I Co., para que depois ela desça e possa receber, do Senhor, a
distribuição do governo mundial que será feita por Ele.
12:8 – Eu ouvi, mas não entendi. Por isso perguntei: Senhor meu, qual será o fim destas coisas?
12:9 – Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras
estão fechadas e seladas até o fim do tempo.
Quando João viu tudo
isto, o Senhor Jesus disse a ele: Não
seles as palavras porque os dias estão próximos. Por quê?
Porque Jesus já tinha
vindo, já tinha morrido e a Igreja já tinha sido levantada após a sua
ressurreição. Mas para Daniel o Senhor diz para que ele sele as
palavras porque eram para o tempo do fim.
12:10 – Muitos serão purificados, e embranquecidos, e
provados, mas os ímpios procederão impiamente.
Nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão.
Nenhum ímpio
entenderá. A Palavra diz em Apocalipse,
que eles passarão por tormentos terríveis, mas não deixarão de cometer as
abominações, não deixarão de adorar os ídolos.
Os sábios entenderão e
isso será possível porque eles estudarão a Palavra de Deus e encontrarão
respostas e as transmitirão àqueles que estarão necessitados em ouvi-la.
12:11 – Desde o tempo em que o sacrifício contínuo for
tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias.
1.260 dias = 42 meses ( 3,5 anos, que é a
metade do período da grande tribulação )
+ 1 mês ( 30 dias, que é o
tempo que durará o julgamento das nações ).
Todo Israel se preparará para este julgamento,
porque após a grande tribulação, o Senhor Jesus virá (Mt. 24:29 a 31),
intervirá e salvará Jacó, à semelhança do passado.
Então depois da
vitória do Cordeiro sobre a besta. Será
executado o juízo de Deus sobre estes povos, já no período do Milênio.
12:12 – Bem-aventurado o que espera e chega até mil
trezentos e trinta e cinco dias.
1.335 dias – 1.290
dias = 45 dias
Este período de 45
dias contem uma bem-aventurança para
aqueles que esperarem a coroação do Senhor Jesus, esperarem pelo início do seu
glorioso reino messiânico, que durará mil anos.
Satanás será preso e
não mais terá domínio neste mundo e o ímpio não poderá mais dar vazão à sua
maldade, sob pena de ser destruído pelo sopro da boca do Senhor Jesus.
1) Começa o sacrifício contínuo.
Início do concerto de
Israel com o anticristo.
2) Tirado o
sacrifício contínuo e posta a abominação desoladora.
Quebra do concerto por
parte do anticristo.
3) Início da
perseguição contra Israel.
Segunda metade da
última semana = um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
4) Julgamento das Nações.
Mais 30 dias. (v.11) = 1.290 dias
5) Bem-aventurança. Mais 45 dias. (v. 12 ) ............ 1.290 +
45 = 1.335 dias
12:13 – Tu, porém, vai-te até que chegue o fim. Tu repousarás, e então no fim dos dias
levantarás para receber a tua herança.